São muitas as palavras que definem o sucesso no mundo do áudio profissional; comprometimento, dedicação, disciplina, etc… Particularmente, a minha predileta entre elas é “procedimento”!!!
A semelhança com a minha segunda paixão, a aviação, é explícita… Uma série de procedimentos respeitados pode nos levar aos céus ou provocar um desastre sonoro absoluto caso não sejam seguidos em todos os seus detalhes.
As nossas “aeronaves” são extremamente variadas, nos tamanhos, marcas, modelos, alcance, etc, mas os procedimentos de voo são os mesmos em sua essência. Sou um cara completamente paranoico com esse assunto!!!
A vida no stage do RPM continua a mesma e divertida de sempre, com sua monitoração híbrida e bem resolvida (assunto já abordado em posts anteriores), e absolutamente conduzida por procedimentos diários!!!
Assim que chego ao stage, dou um load nas minhas cenas, e levando-se em conta que eu viajo com minha mesa, não tenho muita preocupação com esse estágio. Já me disseram que é muita neura da minha parte os equipamentos saírem da gaveta do rack na ordem inversa que foram guardados, mas vamos pular essa parte… Hahahahaha. Mesmo assim, gostaria de ressaltar que a durabilidade e conservação dos nossos bravos equipamentos de stage estão diretamente ligadas ao cuidado e maneira que são guardados depois do show, ou seja, demoro mesmo pra fechar o rack!!!…
Com todos os ears montados e abastecidos com suas baterias, a ordem é checar toda a transmissão e recepção dos nossos valentes bodypacks, para ter a absoluta certeza que nenhum acidente, umidade ou coisas do gênero não tiraram do ar algum phone no concerto anterior.
Feito isso eu apenas dou uma revisada nos masters das minhas mixes, pois a essência da mix de monitores de chão é a mesma… Um bom ajuste na EQ e nos volumes, de acordo com o ambiente, resolve muito bem a parada!!! Tudo o que for planejado exaustivamente vai funcionar… As surpresas do stage não atingem a “concepção”. Monitor que nasce torto, vai torto até o final da tour!!!
Nunca foi tão fácil voar como nos dias de hoje. Os nossos painéis de controle são um sonho absoluto, se levarmos em conta que há muito pouco tempo atrás fazíamos nosso recall em xerox dos módulos das mesas.
De resto, dependemos de outras palavras mágicas do áudio bem sucedido; fonte, comprometimento do artista com sua obra e boas pistas para pousos e decolagens (tb já abordado no post “O efeito Rock in Rio”, nesse blog).
Sobre o combustível do stage, é a sua paixão que manda… A minha é extrema e não permite “pane seca”.
Ah… Mixe música, toque junto com a banda, pois a única coisa que difere o áudio da aviação é o piloto automático!!!
Até o próximo!!!
http://www.backstage.com.br/paulofarat/?p=294 (O “efeito Rock In Rio”)
http://www.backstage.com.br/paulofarat/?p=56 (Os monitores da Elektra Tour)