“O erro é necessário para evolução, o discernimento é a ponte que separa um do outro!!!”… (Pedro Felipe B. Silva)… Passando sem querer por essa frase na minha tela, veio na hora o tema do post de hoje. Bem-vinda evolução, que ela seja uma constante e incansável rota na busca do “fazer direito”, e como o Pena Schmidt sempre nos condicionou, que a paranoia de não errar supere todos os tópicos!!!
Por falar no Pena, que paraíso seria ter mixado os stages do Free Jazz, o Blues Festival, Montreux, entre outros, com a enorme e farta geração de consoles digitais que temos hoje nas mãos, cada uma com suas características especiais, por mais que a essência e os procedimentos do digital sejam uma coisa só!!!… As nossas generosas e incomparáveis analógicas eram mapeadas nas xerox dos labels dos canais, anotações malucas de cada engenheiro e até gravando em fita as posições dos faders e equalizadores.
Pausa para um insert bem oportuno no assunto “era digital”, com um humilde e profissional pedido… Por favor, produções em geral, (fora os acidentes de percurso, dos quais nunca estaremos livres) devolvam nosso tempo de stage e procedimentos, que foram gentilmente incorporadas a logísticas nem sempre bem relacionadas com relógios e aeroportos!!!…rs. Thanks!!! É digital… eu sei, e daí???
De volta ao tema… Sempre que rola o termo ‘geração pen drive’ numa conversa depois de qualquer “workchopp” da galera, volto imediatamente ao tempo no qual tinhamos que devorar o The Recording Studio Handbook do John M. Woram, antes de pensar em entrar no estúdio, ou ter absolutamente todos os discos do The Alan Parsons Project antes de abrir a boca pra falar em áudio. Era uma regra… “Se abrir a boca, tenha certeza que tuas palavras serão muito mais valiosas do que o teu silêncio… Caso contrário, saiba que pausa é música, pois se não fosse, não haveria grafia pra ela numa partitura!!!”… Hahahahahaha.
Que momento feliz da evolução vivemos hoje para ousar no áudio… O reconhecimento pertence a quem se atreve!!! Nunca tivemos tantas opções de consoles, microfones, novos monitores, in-ears, plug-ins, informações online, especialistas de produto e workshops como hoje, mas (sem generalizar, é claro) a quantidade de besteiras que ainda escutamos (e ouvimos…rs) por aí é de arrepiar!!!…rs. A nova geração de talentos incríveis e caras sensacionais que temos por aí é imensa, produz sons e resultados fantásticos, mas o discernimento de certa parte dessa safra inverteu os valores… Primeiro qual console utilizar, que plug-in fica melhor, qual o software de alinhamento vai substituir o (obrigatório) conhecimento do material em mãos, que versão do Pro Tools vai rolar, muito antes de olhar pra dentro de estúdio, e por aí vai… Lá no final dos procedimentos estão os microfones, quem vai tocar, ouvir os instrumentos na fonte, a melhor afinação de bateria, qual o resultado final a que se pretende chegar, etc… Não comecem pelo final, pois o microfone é o primeiro que ouve, e não se espantem se quando marcarem a gravação do clarone, ouvirem a pergunta “o que esse cara canta???”…!!!… Hahahahahaha.
Bom… É só tomarmos cuidado com os procedimentos (todos eles, principalmente formação, informação e a palavrinha mágica comprometimento) que essa ameaça ao discernimento cada vez será menor no “planeta áudio”, tenho certeza… Enquanto isso vamos nos divertindo com o lado mágico da tecnologia, que nos permite os mais variados caminhos e resultados possíveis com nossas mixes, sejam elas no stage ou no estúdio… É como na Formula 1… Página virada dos “tempos românticos”, sempre lembrando que carro não anda sem piloto e piloto não vence sem carro, independentemente do mapeamento digital disponível… Uma mix de coração, fonte & tecnologia de ponta sempre vai soar bem, em qualquer sala!!!…
E depois, lá no final do processo, “na masterização arruma”!!!…. Hehehehehe.
Brincadeirinha… Ah, e quanto aos egos maiores que os talentos (mais uma vez, sem generalizar), vamos relaxar, pois nem sempre a luz no fim do túnel é o trem!!!
Até o próximo!!!
Ta faltando a opção “curtir” do facebook! Sem comentários, ótimo texto!!
Luiz ;Soube ontem, no meu aniversário, que você foi embora; estou muito triste e vou ter saudades até chegar a minha vez! Queria falar com o Thiago, a Ana Cristina, a Vera, enfim qualquer um de seu filhos; aonde quer que vc esteja não vou esquecer de nossa última prosa ao telefone; rimos a valer da nossa infância. Luiz, deve ser bom ir embora; vou conversar mais com você, meu grande e querido amigo, beijos Maria Carlota.